Criada em 1996 pela OPAS e MS, Rede Interagencial de Informações para a Saúde reúne instituições que produzem e usam informações em saúde no Brasil

A Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS) passou a integrar oficialmente a Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (21), durante a 32ª Oficina de Trabalho Interinstitucional (OTI), realizada em Brasília na Organização Panamericana da Saúde (OPAS). O encontro vai até esta sexta-feira (22). A última edição da OTI havia ocorrido em dezembro de 2024.
A RIPSA foi criada em 1996 pela OPAS e pelo Ministério da Saúde (MS) para reunir instituições que produzem e usam informações em saúde no Brasil. A ideia é integrar esforços para qualificar os indicadores usados na formulação, gestão e avaliação de políticas públicas.
“A AgSUS está colaborando na relatoria do comitê gestor do indicador de morbidade e do comitê temático de indicadores para o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Além disso, estamos colaborando nos comitês de Saúde Digital, Atenção Primária à Saúde, desigualdades e saúde, recursos e cobertura. A colaboração envolve discussão de métodos, revisão e elaboração de indicadores e informações em saúde para o SUS”, explica a coordenadora de Monitoramento e Avaliação da Gestão da Unidade de Monitoramento e Avaliação (UMA) da Diretoria de Atenção Integral à Saúde (DAIS), Emily Maviana.
Com a entrada na rede, a AgSUS passa a somar esforços junto a outras 45 instituições-membro, fortalecendo o trabalho colaborativo que resulta na produção e qualificação de indicadores estratégicos para a formulação de políticas públicas de saúde. A participação da Agência reforça seu papel de apoio à gestão do SUS, especialmente no campo da informação em saúde, fundamental para planejamento, monitoramento e avaliação de ações em todo o país.
32ª OTI
A Oficina de Trabalho Interinstitucional é um espaço de debate e capacitação, no qual integrantes da RIPSA discutem metodologias, aperfeiçoam conceitos e trocam experiências práticas. As OTIs funcionam como oficinas coletivas de aprendizado e consolidação das definições dos indicadores.
Na abertura do encontro, a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, destacou a relevância da RIPSA como espaço de produção coletiva de informações qualificadas para o sistema de saúde.
“Essa rede é muito importante para o SUS. Vocês estão entregando 192 indicadores que foram trabalhados por sete comitês de gestão de indicadores. São eles o comitê demográfico, socioeconômico, de mortalidade, de morbidade, fatores de risco e proteção, cobertura e recursos. São 450 profissionais dessas instituições que discutiram, trabalharam e estão entregando um conjunto de indicadores. Portanto, estão delimitando e qualificando os dados e indicadores para que a gente consiga disseminar informação de qualidade”, explicou a secretária.
A mesa de abertura do evento contou com a presença do Diretor do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Dados e Informações Estratégicas em Saúde do MS, Paulo Sellera, a representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Marizelia Leão, o representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Felipe Ferré, e pela Opas, Josy Maria de Pinho.
Ao longo da OTI, serão discutidos os avanços e próximos desafios da rede, com destaque para a sistematização dos 192 indicadores de saúde em processo de editoração, que serão disseminados para qualificar a tomada de decisão no SUS.
RIPSA em números
• 45 Instituições membro
• 434 Integrantes
• 7 Comitê de Gestão da RIPSA
• 5 Comitês Técnicos Interinstitucionais
• 192 Indicadores
• 280 Reuniões